Enquanto o carro elétrico ainda é embrionário no Brasil, os híbridos vêm ganhando espaço. E, graças a incentivos fiscais, ficando com preços mais próximos aos equivalentes a combustão.
A Volvo vai eletrificar toda a sua linha no Brasil até 2022, segundo o diretor-geral da empresa, João Oliveira. Não haverá mais carros apenas a combustão. Todos serão híbridos ou elétricos.
Os preços dos modelos híbridos, porém, devem ficar equivalentes aos do modelos a gasolina que deixarão de ser oferecidos.
A marca, que lançará seu primeiro elétrico no Brasil em 2022 (o XC40 Recharge), aposta que o híbrido ainda desenvolverá papel importante para o futuro da mobilidade. Isso porque os problemas de autonomia aos poucos vêm sendo resolvidos, mas a recarga estática, que pode levar de 20 minutos a uma hora em estações de corrente rápida, além de obrigar o motorista a mais paradas que num carro a gasolina, ainda é um empecilho para viagens longas.
“A aposta é que, em 2025, as frotas (de carros novos) em muitos locais do mundo seja composto por 50% de modelos elétricos e 50% de híbridos, que vão suprir a demanda por viagens de longa distância graças ao motor a combustão”, diz o executivo.
Mas e quanto às leis que pretendem probir os carros a combustão em alguns países da Europa a partir de 2030? Oliveira acredita que, a princípio, as restrições serão apenas em cidades. Cerca de dez anos depois, vão valer para todo o país. “Nessa época, os gargalos do carro elétrico já deverão estar resolvidos.”
No Brasil, o único híbrido nacional, Toyota Corolla Altis Hybrid, foi lançado no ano passado com o mesmo preço de sua versão a combustão. Já o 330e, da BMW, veio mais barato que a configuração equivalente do 330i, que é apenas a gasolina.
O 330e chegou com a promessa de entregar até 58,8 km/l de consumo, número que faria desse carro o mais econômico a trazer um motor a combustão oferecido no mercado brasileiro. Esses números, no entanto, usam a meta WLTP, diferente da utilizada no Brasil. O carro ainda não consta na lista do programa de etiquetagem do Inmetro.